A Rede de Turismo Rural Consciente, formada por empresários, consultores, trabalhadores da agricultura familiar, simpatizantes, entidades parceiras e profissionais do Turismo entre outros, nasceu na fase mais dura das medidas de isolamento impostas pela pandemia da COVID-19 em 2020. Mas, como diz o ditado popular: “É na crise que surgem as grandes oportunidades.”
Com o Turismo Rural não foi diferente. Começamos a nos reunir de forma remota para pensarmos, em conjunto, de que maneira o Turismo Rural conseguiria seguir no mercado, de forma segura e responsável, para enfrentar a crise que se descortinava.
Essa Rede não é nova. Houve uma tentativa, há 15 anos atrás, de se criar um Rede Brasileira de Turismo Rural, que chegou a ter 250 membros, mas infelizmente não amadureceu e se perdeu ao longo do caminho.
Mas do que uma live, Andreia Roque, que é a grande mentora dessa Rede, criou um café com prosa virtual, porque estava com saudades de ver e de falar com as pessoas.
A partir do café com prosa, percebemos a necessidade do Turismo Rural falar sobre ele, de se mostrar, saber quais as suas necessidades, quais seus gargalos e quais as soluções.
Foi daí que surgiu a ideia de se fazer uma “Carta Aberta Turismo Rural”, que foi redigida com a colaboração de vários membros da Rede, inclusive de juristas, endereçada à época, ao ministro do turismo, Marcelo Álvaro Antônio. A Carta que chegou à quase mil assinaturas, tanto de pessoas físicas, quanto de instituições, de 16 estados e mais o Distrito Federal, foi uma forma de dizer que nós existíamos e que estávamos voltando com muita disposição para fazermos o Turismo Rural acontecer.
As reivindicações da Carta eram muitas, tais como: a criação de um Projeto Nacional de Desenvolvimento do Turismo Rural Brasileiro, material orientador unificado para o Turismo Rural com protocolos de boas práticas, tais como: procedimentos de saúde pessoal para o desempenho do trabalho, de manutenção de higiene em, para o desempenho do trabalho, de manutenção de higiene em estabelecimentos turísticos, de atendimento aos clientes durante a pandemia, retomar os debates sobre a criação de uma Lei que regule a cadeia produtiva do Turismo Rural Brasil, dentre outras.
O objetivo da Carta foi cumprido, porque, além da repercussão nacional, a Carta trouxe a Rede Brasileira de Turismo Rural de volta, e agora, mais consciente, mais moderna, mais tecnológica, mais profissional, e tudo isso, sem perder a nossa essência, que é a ruralidade e o bem-receber.
Era imperativo realizar a reabertura segura dos empreendimentos rurais e a retomada das empresas de viagens e turismo que operam no meio rural. Logo percebemos a falta de uma política pública federal que pudesse nos orientar no sentido de se criar um material específico para o seguimento em nível nacional, contendo os procedimentos e os protocolos de segurança sanitária, necessários para evitar o risco de contágio do Coronavírus e garantir os procedimentos seguros para o funcionamento dessas atividades turísticas.
Na fase de planejamento, vimos, em abril, o Turismo de Portugal criar o selo “Clean & Safe” para identificar quais empresas estavam seguindo os protocolos de prevenção e controle da Covid-19, de acordo com as recomendações da OMS. O selo de Portugal foi criado como forma de adquirir a confiança do turista. Vários municípios e estados brasileiros seguiram o exemplo dos europeus e construíram seus manuais e selos de segurança.
Em junho de 2020, o Ministério do Turismo, criou o seu selo “Turismo Responsável – Limpo e Seguro” e, para a nossa surpresa, apesar de gratuito e de fácil acesso, com cadastro realizado de forma online, o selo não contemplava as atividades exercidas no meio rural, pois uma das exigências era a empresa estar com situação regular no Cadastur – Cadastro de Prestadores de Serviços Turísticos, bem como o acesso à linha de crédito do Fungetur – Fundo Geral do Turismo.
Mas, como obter o Selo do MTur se não existe Cadastur para a atividade rural? Há muitos anos que o setor reivindica essa ação, a partir do registro no CAR – Cadastro de Produtor Rural, para que os produtores que exercem o turismo como atividade secundária, possam ser inseridos nesse âmbito, específico para o turismo, sem a necessidade de ter outro CNPJ e, assim, prestem serviços turísticos de modo legal e alinhado às políticas federais e estaduais de turismo.
Contudo, não paramos diante das dificuldades encontradas. Pelo contrário, a nossa indignação com a falta de políticas públicas voltadas para o Turismo Rural num ano tão desafiador para todo o setor do Turismo, potencializou nossa criatividade, aguçou o espírito coletivo e criamos o “Pacto Turismo Rural Consciente: Juntos pelo Turismo”, que tem o objetivo de orientar os empresários do Setor Rural brasileiro sobre os protocolos de biossegurança recomendados pela OMS e pelas autoridades sanitárias brasileiras em prol da segurança, da saúde e da sustentabilidade da atividade, e prepará-los para a retomada da atividade rural, pós-pandemia.
Temos plena consciência de que o Turismo Rural é um grande indutor do desenvolvimento de um território e ainda promove e oxigena a economia do meio rural, principalmente para o pequeno produtor. Além disso, valoriza e preserva o patrimônio cultural, protege os saberes e fazeres da comunidade local, preserva a natureza, contribuindo para um destino sustentável, fixando assim, o homem do campo, no campo.
Valorizar as belezas da zona rural, preservar a natureza, as tradições e a gastronomia de um povo, agregar valor aos produtos da agricultura familiar e de base comunitária, gerar renda e qualidade de vida, de forma responsável e socialmente justa, são só alguns dos objetivos dessa Rede de Turismo Rural Consciente.
Entre, sinta- se à vontade para nos conhecer. Estamos espalhados por todo o Brasil, de Norte a Sul, e estamos ansiosos para conhecê-lo. Principalmente, agora, que estamos preparados para recebê-lo de forma mais responsável e segura.
Nos nossos empreendimentos você vai poder desfrutar da tranquilidade, em meio à natureza, da segurança, da sustentabilidade e terá experiências inovadoras. E, claro, tudo isso, sem perder a nossa ruralidade.
Venha nos visitar e desfrutar da nossa hospitalidade e do nosso jeito rural de receber. A ruralidade consciente que nos uniu, é a mesma que irá acolhê-lo!
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