Turismo, vilão ou solução?

Vivemos em um século de transformações, de avanços tecnológicos exuberantes, de descobertas científicas importantes, novas formas de nascer  e de viver. Com tudo isso a tecnologia tem ocupado um papel crucial na vida das famílias, dos grupos sociais, religiosos, escolares e tantos outros, especialmente em tempos de pandemia. 

Novas necessidades, novas demandas… Velhos desejos viram “saudade”.

A saudade não é do abraço em si, mas é do aconchego que o abraço propicia. A saudade não é apenas da natureza, mas da possibilidade de se caminhar livremente, de respirar… sem uso de máscara!

O que o turismo tem a ver com isso?

A rotina diária mudou, nessa pandemia,  para quase todas as pessoas nas mais diversas civilizações. O que hoje as pessoas fazem no seu tempo “vago”?  A tecnologia que tanto nos auxilia no trabalho tem sido cada vez mais utilizada também para o lazer.
São as  lives de shows, teatros e filmes que entretém à tantos  nos finais de semana. Ou seja, quase nada se altera na rotina, em horários e dias de trabalho e de lazer.

O turismo gera impactos, sim! Nos meios acadêmicos essa discussão é emérita! Em meio à pandemia, voltamos à questão:  quais os impactos negativos do turismo? Pode haver impactos positivos?

Vamos tratar aqui apenas do impacto ao próprio turista, deixando de lado as questões comerciais, econômicas e sociais decorrentes de tantos serviços de turismo inoperantes no momento.

Estudos  e estatísticas apontam que a aglomeração é a principal causa de propagação do Coronavírus. O turismo provoca aglomeração? Sim, atrações que atraem públicos imensos como importantes museus, edificações, eventos festivos, centro de compras, assim como diferentes meios de transporte coletivos  e algumas modalidades de hospedagem.

Por outros lado, no início da pandemia, pais, filhos, tios, primos, avós se viam remotamente, um ano depois, vemos  os núcleos familiares abrindo suas portas aos parentes e amigos próximos. Por isso observa-se um grande número de “famílias doentes”, de maneira coletiva.

É possível conciliar atividades de lazer e turismo em meio a esse caos?

É um assunto muito polêmico e as decisões ainda são empíricas, mas se há possibilidade de sair em família, deslocar-se com seu carro próprio escolhendo destinos em áreas naturais,  com acomodações exclusivas ou com protocolos rígidos de sanitização, o turismo  não pode deixar de ser vilão e ser uma solução à tantas pessoas que andam estressadas  e em depressão?

Mas a importância desse turismo transcende a esse tempo de pandemia… experiências genuínas em atividades no campo são propostas que favorecem  à saúde, propiciam alegrias  e potencializam as relações sociais.  

Logicamente há necessidade de  bom senso de, apresentando sintomas ou tendo tido contato com pessoas infectadas por Covid não sair de sua casa, de sua cidade, onde  tem sua dinâmica instituída para eventuais emergências médicas, de maneira a não sobrecarregar as cidades turísticas, geralmente com menor capacidade de atendimento. E do lado dos empreendimentos, estar ainda mais atentos aos limites e procedimentos necessários junto aos seus colaboradores e clientes.

O turismo em áreas naturais, o turismo rural, o turismo consciente, ocupam posição privilegiada nesse momento!

A terra, o vento, a água, as belas paisagens, o contato com plantas e animais são os protagonistas da natureza em benefício à todos nós.

Mas esse assunto ficará para um próximo artigo…

Respondendo à questão inicial:

– Turismo, vilão ou solução?

Difícil dizer, mas…

TURISMO RURAL! É, de certo, uma ótima OPÇÃO!

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